Quando vê passar pela rua um colega de infância que acreditava estar morto, Danylton é levado a investigar os eventos de vinte anos antes, no Núcleo Bandeirante. À essa narrativa, soma-se a de Boamorte — miliciano cuja trajetória confunde-se com a da construção da nova capital.
Na Brasília das casas geminadas, da terra vermelha e do asfalto quente, os vilões dos westerns tomam a forma de oficiais corruptos; os tiroteios aparecem primeiro nos videogames; os cavalos dão lugar ao Chevette; e o bairro vive sob o domínio silencioso do jogo do bicho.
Em seu livro de estreia, Dan se apropria de elementos da cultura pop e da cultura popular para construir um romance sobre um dos pilares da identidade brasileira: a violência que rege todas as relações sociais.
«Uma estreia forte, que capta o espírito de um lugar onde tudo — até o pasto — é marcado pela violência.» — Michel Laub