As Revelações de Um Lugar Pequeno, se encaradas de frente, são estimáveis ao nosso interior? Até onde podemos traçar uma honesta linha que acompanhe o horizonte dos olhos que lhe buscam, justamente, de um lugar pequeno? Há um universo inteiro dentro de cada um de nós, há uma correnteza singular em cada copo, há algo mais em qualquer coisa.
Carlos Jader Filho nos sugere, diante das bençãos prestigiosas da senciência, caminhos internos que, por atalhos automáticos, tendemos a perder de vista, como jardins ignorados por uma moderna e engarrafada via expressa.
Do desvelo ao passado, do presente automático ou do futuro nublado, de um lugar pequeno, tendemos a traçar nosso universo particular diante de golpes de pincel em tela se, de alguma forma, o buscarmos. De um lugar pequeno podemos apagar, recomeçar e, finalmente, encontrar o autorretrato do que somos.
Carlos Jader Filho sugere algumas coordenadas que partem do seu próprio lugar pequeno, em coragem, numa singela busca, consciente do roteiro que nos cabe neste espirro particular e intransigente do espaço-tempo que orbita em cada um.
Gus Maia