A afirmação de que os “meios de comunicação de massas”, “indústria cultural”, entre outros termos semelhantes, exercem uma dominação quase absoluta sobre as “massas” ou o “povo”, é bem conhecida. Nildo Viana apresenta uma crítica tanto da concepção evolucionista-progressista dos meios de comunicação de massas quanto os representantes da Escola de Frankfurt, especialmente Theodor Adorno e Max Horkheimer e sua concepção de “indústria cultural”. O autor, além disso, apresenta uma análise crítica do que denomina “capital comunicacional”, mostrando que sua compreensão requer compreensão do capitalismo, bem como apresenta a necessidade de superação do modo de comunicação assimétrico e da adoção de um modo de comunicação simétrico. Isso, segundo o autor, só é possível como a transformação total e radical do conjunto das relações sociais.