Para obter dinheiro a fim de pagar uma dívida ou comprar algo necessário à sua vida, há quem penhore uma joia, avaliada sempre pelo seu peso, sem um grama sequer de sua história. Em Casa de Penhor, João Anzanello Carrascoza, ao contrário dessa balança que aufere apenas a matéria, nos comove ao adicionar a brincos, anéis, castiçais e outros bens a história de seus donos, os dolorosos motivos porque foram empenhados num ato de esperança ou desespero. Um conjunto de narrativas de alta sensibilidade e realização literária, que devolve aos objetos o seu atributo mais precioso: o valor humano.