Há uma geração de poetas que está na raiz da poesia plural que se pratica hoje no Brasil. Surgida no final dos anos 70, incorporou as cinzas da poesia marginal ao supra-sumo da tradição e, extremamente sedutora, conseguiu romper o pequeno círculo de leitores contumazes para levar a palavra poética a um público mais amplo. Claufe Rodrigues pertence à vertente mais pop desta chamada ?geração pós-marginal?, reescrevendo-se a cada livro, utilizando novas técnicas em prol de uma poética universalista e solar, acessível a leitores de vários níveis. Dono de um perfeito domínio do ritmo, o poeta tece com fino humor seus pequenos enredos, ricos em imagens, simbolismos e metáforas, que celebram a vida no que ela tem de mais simples e profundo.