São arte antiga as técnicas de fuga aos credores por parte dos devedores que hoje bem podem ser um qualquer cidadão anónimo, empresa, governo central, regional, autarquia. A realidade não mudou muito quando comparada com o século XIX, altura em que esta obra foi publicada pela primeira vez. Este é um manual com a caraterização dos vários tipos de dívida e com exemplos práticos de como, por exemplo, contornar as visitas desagradáveis dos seus credores. Um espelho da sociedade de outros tempos que bem poderia ser o nosso. «O credor número três (o proprietário da casa, por exemplo) vem fazer-lhe uma visita, e aproveita esta ocasião para apresentar-lhe a fatura do aluguer. Olhe-o com um ar indeciso, acompanhado por um: É impossível! Ele afirma-lhe o contrário. Um homem sem aprumo discutiria com ele em relação ao valor do aluguer ou por uns dias de compreensão. Um homem que tem aprumo responde decidido: Oh, não! Resumindo, graças ao aprumo, você domina a confiança, dá a imagem de um homem decidido e prudente.»