Em O Diabo e suas máscaras, Andréa, psicanalista dedicada, é acompanhada por sua sólida formação teórica nos textos de Freud e Lacan e por sua prática clínica ao escrever cada palavra dessa obra. Com ela, contamos com Virgílio, que conduz Dante ao Inferno; para chegar com Orfeu ao Hades, vemos Eurídice virar pó, nos assustamos com a cabeça de camelo de Cazotte só para nos deixar seduzir por Biondetta.
Aportamos em Fausto e sua necromancia,a campamos no pátio do castelo dinamarquês para, com a aparição do fantasma do rei morto, seguir com Hamlet os impasses do sujeito frete ao próprio desejo.
É Andréa nosso Daímôn enquanto lemos seus parágrafos? Andréa Brunetto inquieta-nos e nos faz seguir, ela se faz voz. É a sua voz, com seu sotaque e suas expressões, que reverbera e faz virar as páginas, avançando pelos capítulos.