Share FELICIDADE CONJUGAL / O DIABO, A
SEMEYNOYE SCHAST'YE E DYAVOL
Leon Tolstói
Tradução de Maria Aparecida Botelho Pereira Soares
Duas pérolas de um mestre da literatura universal
«Tolstói é o maior de todos os narradores»
Virginia Woolf
Poucos escritores penetraram tão fundo na alma dos seus personagens quanto Leon Tolstói (1828–1910), dono de uma técnica narrativa certeira e cristalina. É o que pode ser visto neste livro, que reúne duas primorosas amostras da sua vasta obra. Publicada em 1859, A felicidade conjugal é a primeira obra do futuro autor de Guerra e paz. Já o conto O diabo foi escrito em 1898 e publicado postumamente, em 1916. De origem autobiográfica, ambos os textos tratam das mesmas questões, caras a Tolstói: o papel do casamento, do sexo e das relações amorosas, bem como a responsabilidade moral dos indivíduos.
Em A felicidade conjugal, o autor demonstra sua habilidade de narrar a partir do ponto de vista de um personagem feminino — habilidade que seria levada às últimas conseqüências em Anna Karênina — para retratar a meninice despreocupada da princesinha Macha, sua aproximação e o posterior relacionamento com Serguêi Mikháilovitch. Em O diabo, Evguêni, um bacharel em Direito, se envolve com uma bela camponesa da região, num caso que teria tudo para ser esquecido e relegado às loucuras de juventude. Mas Evguêni é jovem, e não percebe que está criando armadilhas para si mesmo.