Na última aula de sexta-feira, a professora de Literatura lançou o desafio à classe: «Se você, como supostamente fez Camões, tivesse de decidir, num naufrágio, entre salvar os manuscritos de Os Lusíadas ou sua namorada, o que faria?». Era apenas pretexto para promover uma discussão sobre uma suposta dicotomia entre carreira e amor. A aluna Bruna, de 16 anos, sentiu-se particularmente afetada pela proposta. Insegura, namora Gigi, um sujeito agitado e estourado. Terminada a aula, ela é tomada por uma angústia terrível: que decisão tomar? A partir daí, uma torrente de acontecimentos se desencadeia. Angustiada, Bruna decide visitar a mãe biológica, que não vê há anos e que mora no litoral. Vai sem avisar ninguém. Como nunca saía sozinha, seu sumiço preocupa a todos. Tem uma conversa séria e produtiva com a mãe, mas convive com a mentira, pois não conta que viajou fugida. Na segunda-feira, quando finalmente volta para casa e para a escola, Bruna enfrenta com mais segurança a discussão sobre o enigma de Camões e sobre seu futuro.