Na história do pensamento político, a palavra “conservadorismo” se presta a muitos equívocos. Com a ascensão recente da nova direita iliberal e reacionária, esses equívocos se cristalizaram na ideia de que só existe um tipo de conservadorismo. Com este ensaio, João Pereira Coutinho desfaz alguns mitos e apresenta um conservadorismo liberal, influenciado por autores como Edmund Burke ou Michael Oakeshott, que se afasta do extremismo político. É um conservadorismo cético, onde a imperfeição humana, a apologia do pluralismo, o respeito inteligente pelas tradições, os imperativos da reforma prudente e a defesa da “sociedade comercial” se conjugam com a democracia e a liberdade.