A delicadeza é o ponto central deste Garoa Fina. Sua desenvoltura pelas trovas — um gênero tão antigo como a própria literatura, e também de poesias, se reveste da sutileza de imagens e sopros de um delicado olhar. Pois Garoa Fina pede leitura e nos aproxima do fraterno com uma inesperada desenvoltura, e nos leva, como leitores, ao encontro do que nos é tão sutil e que tanta falta nos faz: a ternura.
Sim, porque o terno não deve, nem pode, perder-se diante do sempre estranho cotidiano e suas perturbadoras rotinas. Sua leitura não eleva espíritos ou aprofunda desenhos imagéticos, mas
se apresenta de uma simplicidade vigorosa, quase ingênua, evitando o pecado inocente de muitos poetas e trovadores que se exageram frente ao óbvio e perdem o inefável. Garoa Fina é poesia das mais ricas, vem e diz, simples, porém não menos belamente.