SOB AS ÁRVORES DE UDALAS, da nigeriana Chinelo Okparanta, é uma história de amor e luta. Ijeoma é ainda menina quando acontece a Guerra Nigéria-Biafra (1967–1970), a Guerra de Biafra. Deslocada de sua terra natal, em função da guerra, Ijeoma conhece Amina, e se apaixonam. São elas de etnias diferentes — uma é Igbo e outra, Hauçá — e ambas meninas, o que provoca reações de conflito.
Em um cenário social conservador e religioso, e sob os efeitos devastadores de uma guerra, a trajetória pessoal de Ijeoma, da juventude à vida adulta, desenvolve-se como uma história de amor, de resistência e luta contra qualquer tipo de discriminação.
Trecho:
«Não há como contar a história do que aconteceu com Amina sem primeiro contar a história de como mamãe me mandou embora. Igualmente, não há como contar a história de como mamãe me mandou embora sem contar também sobre a recusa de papai em refugiar-se no bunker. Sem sua recusa, a expulsão poderia nunca ter ocorrido, e se não tivesse ocorrido, então eu poderia nunca ter conhecido Amina.
Se eu não tivesse conhecido Amina, talvez não houvesse história para contar.»