O conciso ensaio que dá título a este livro do filósofo húngaro István Mészáros — redigido originalmente entre 1967 e 1968 — é considerado pelo especialista e professor da UFRJ José Paulo Netto «um dos melhores e mais criativos estudos já publicados sobre a concepção de dialética que se articula e se desenvolve no conjunto da obra de György Lukács».
Com a intenção de facilitar o estudo da obra multiforme e altamente complexa de Lukács, Mészáros instaura uma matriz interpretativa para o trato do pensamento do filósofo conterrâneo e analisa criticamente seu legado. A perspectiva de Mészáros é privilegiada, pois, do final da década de 1940 e até a morte de Lukács, em 1971, cultivou uma relação ímpar com o seu mestre. «O inicialmente jovem discípulo desenvolveu um trabalho teórico que combinou o reconhecimento da grandeza teórica e humana de Lukács com uma vigorosa autonomia intelectual», afirma Netto, autor da Apresentação na edição brasileira.