O TABLADO apresenta:Os Cigarras e os Formigas (1974), uma história de amor entre membros de famílias inimigas. Música, romantismo e muita confusão dão a tônica a essa fabulosa adaptação de Romeu e Julieta. E também João e Maria (1979), a versão teatral do clássico da literatura infantil: dois irmãos se perdem no meio da floresta e enfrentam muitos perigos nas mãos da bruxa. Já na academia do instrutor Carlos Gardênio, se desenrola uma trama repleta de mistério e ginga para se dançar Um tango argentino (1972). O Dragão Verde (1983) é uma divertida aventura na disputa pelo coração da princesa. Com esta peça, Maria Clara ganhou o prêmio Mambembe em 1984. E temos ainda a inédita Passo a passo no Paço (1992), que conta a história da família real no Brasil de um jeito muito engraçado. Tudo no melhor estilo de Maria Clara Machado.O escritor Aníbal Machado afirma em um de seus livros que o personagem João Ternura só morreria quando a última pessoa que lembrasse ou gostasse dele morresse. Certamente uma obra como a de Maria Clara Machado (filha de Aníbal) não foi criada por alguém que quisesse apenas ser lembrada e amada, mas, para mim, as adoráveis personagens, as extraordinárias histórias e o meu querido tablado a mantêm viva. Conheci a mulher antes da artista. Morando em Ipanema desde que nasci, tinha o prazer de vê-la passar por minha rua e acho que meus pais devem ter dito: «Ela escreve peças para crianças.» Ou eu simplesmente a reconhecia como tal e sentia a atmosfera mágica do Tablado me chamando precocemente. A primeira peça de sua autoria a que assisti foi A menina e o Vento. Devia ser muito criança, mas a impressão é de que aquele primeiro encontro que temos com a vocação se deu ali. Agora, relendo a peça, compreendo o porquê. O talento criativo, a inteligência, o humor e principalmente a emoção transbordam dos diálogos de Maria Clara. A menina Maria diz: «Mamãe, estou voando por aí. Não fiquem aflitos. Conheci d.