Ainda muito jovem, eu ia ao centro da cidade quase todos os dias, na busca de construir possibilidades de trabalho com o rap.
Nessas idas e vindas, antes da virada do milênio, conheci um Igor que falava pouco de negócios, mas muito sobre o seu pai e o seu irmão.
Ele era jovem, ansioso como qualquer um daquela idade, mas com um desejo de levar algum tipo de orgulho para dentro da família e, assim, moldava o ser astuto, incisivo, ríspido e direto que viria a se tornar.
Ao colecionar experiências, Igor se permitiu aprender com os processos do trabalho e da vida, tentando extrair o melhor possível para as três famílias que conquistou: a de casa, a da rua e a que se criou em torno do seu trabalho.
O que desenvolveu não vou aqui nomear como “marca”, “conceito” ou qualquer outro termo que tente descrever de modo raso o que se constrói ao longo do tempo.
Existe um novo empreendedorismo que não está na academia, mas que pode dialogar com as ideias que lá se encontram e afirmar, na prática, que é possível, sim, gerar caminhos para a realização de sonhos. Nada vem fácil.
CRIOLO