Durante o primeiro semestre de 2020, período de observação dos cenários para a definição dos verbetes aqui apresentados, a crise política no Brasil atrapalhou o combate à disseminação rápida da Covid-19. Se ela não causou a doença, os seus efeitos reforçaram sobremaneira o ritmo das contaminações e a letalidade. Essa mata por si. A crise política, a olhos nus desnecessária e irracional, fornece-lhe munição. No agravamento da pandemia, chegou-se ao ponto de deixar o Ministério da Saúde sob direção interina por praticamente quatro meses e de não apresentar ao país um plano de combate ao vírus ou mesmo de buscar a coordenação dos demais níveis federativos nesse sentido. Aspectos importantes da conjugação dessas duas crises, a sanitária e a política, estão captados nos verbetes deste volume.