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Ana Suy

A corda que sai do útero

Este é um livro que fala de pedaços. De fi­lha da minha mãe a mãe de um bebê, de mãe de um bebê a mãe de uma criança, cada vez fica mais e mais visível para mim que a maternidade é um grande elaborar de lutos.
Ou seria a própria vida uma gran­de elaboração de luto pelo que ela é — o que implica irreversivelmente que ela não seja tudo o que não é, simplesmente por­que é o que é e não o que não é.
"O livro de poemas que Ana Suy, mãe, ora publica, é um ato de amor à filha. Seguindo uma necessidade interna (causa do seu desejo), ela manifesta sua urgência em abrir espaços para a menina viver para além do confinamento social de nossos tempos, para além de A corda que sai do útero. Sabe da necessidade de manter a diferença entre a posição de mãe como Outro “que tem”, do da mulher como Outro que «não tem”. Quer oferecer-lhe a “falta”, propulsor do desejo. «Filha, se um dia você ler isso, saiba: são sempre os pedacinhos que importam”. MALVINE ZALCBERG, psicanalista
«Após reconhecermos a terra na qual A corda que sai do útero fecun­da, podemos salientar que Ana caminha neste delicado percurso de nascimentos e lutos. Para tanto, alerta-nos, precisamos escrever com o corpo todo, precisamos dançar o texto, alonga-lo, exauri-lo, chegar ao limite que a respiração nos dá. Limite conturbado quando imerso num mundo marcado pela falta de ar. Sem ar podemos revestir uma estória. Murmuramos, como pela primeira vez, e refazemos a sua existência». LUCIANA K P SALUM, psicanalista
51 printed pages
Copyright owner
Bookwire
Original publication
2024
Publication year
2024
Publisher
Planeta
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