Enquanto o processo colonizador gera “sobras viventes”, seres descartáveis, alguns conseguem virar sobreviventes — que podem virar «supraviventes: aqueles capazes de driblar a condição de exclusão, afirmando a vida como uma política de construção de conexões entre o ser humano e a natureza. Em tempos de pandemia, este ensaio levanta um conjunto de estratégias e táticas para que saibamos atuar nas batalhas árduas e constantes da guerra pelo encantamento do mundo, encantamento este que vem sendo ao longo do tempo trabalhado como uma gira política e poética que fala sobre outros modos de existir e de praticar o saber. Um manifesto a favor de uma «política de vida”, em contraponto à «política de morte” que temos visto em nossa sociedade.