Antonio Gramsci escreveu que «está sempre presente no morto um grande vivo». Frequentemente os conteúdos escolares são acusados de serem coisas mortas sem qualquer sentido para a vida concreta dos alunos.
Este livro, na linha da pedagogia histórico-crítica, defende que os clássicos das ciências, das artes e da filosofia são sínteses ricas de atividade humana condensada, em estado de repouso, que deve ser trazida novamente à vida pelo trabalho educativo. Dessa forma, o ensino escolar ressuscita os mortos que, trazidos à vida, apoderam-se da atividade de alunos e professores, incorporam-se à sua vida, ao seu pensamento e aos seus sentimentos, transformando-se, conforme denominou Marx, em "órgãos da individualidade".