De que modo nossa linguagem consegue ser uma representação da realidade? É possível figurarmos as coisas como efetivamente elas são num espaço que é dirigido para fora nós? Os valores que são atribuídos aos fatos estariam nos próprios fatos ou ultrapassam as fronteiras do mundo? Há fatos ou propriedades morais? Como ocorre a conexão entre nossas crenças morais, os fatos e sua normatividade? É possível falarmos de conhecimento moral com a mesma confiança com que falamos de conhecimento científico? Qual a natureza da discordância ou relativismo moral? Podemos falar na existência de fatos ou propriedades morais que garantem a natureza cognitiva de nossas representações? A obra Realidade, Linguagem e Metaética em Wittgenstein pretende mostrar que se, no Tractatus, o autor defende o não-cognitivismo como alternativa para demarcar os limites das proposições científicas, a partir de Investigações, Wittgenstein defende um cognitivismo pragmático, em que os jogos de linguagem morais são expressão intersubjetiva compartilhada pela forma de vida humana.