Este livro é fruto de um incômodo pessoal que se traduz pela necessidade de compreender o fenômeno técnico. Este incômodo vem da mistura de medo e fascinação que as novas tecnologias exercem sobre as pessoas.
Esta nova edição marca 20 anos da sua 1ª impressão, se trata da comemoração do sucesso que foi durante esses anos todos, e a possibilidade de trazer aos novos leitores e pesquisadores mais uma edição. André Lemos analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea, através da descrição da nova cultura tecnológica planetária: a cibercultura. O ciberespaço permitiu ao autor compreender os espectros da cibercultura e da socialidade.
A internet já é hoje, um fenômeno hegemônico que vem ganhando cada vez mais espaço no cotidiano e na noção das esferas sociopolíticas. Segundo Pierre Lévy, o livro de André Lemos sobre a cibercultura rompe com a produção contemporânea em filosofia e em ciências sociais através de uma abordagem aberta e “vitalista”. Lemos tem o grande mérito de não confundir a inteligência com a crítica sistemática. Ele reconhece a cibercultura como uma manifestação da vitalidade social contemporânea e a analisa como tal.
André Lemos, como um viajante que deve pegar uma determinada estrada, tomou a rota da cultura eletrônica de rua. Foi ao encontro dos hackers, dos tecnoanarquistas, dos profissionais de informática, dos publicitários, dos sociólogos, dos artistas e dos jornalistas. O objetivo do livro é escutar a vida social que fala através do barulho maquínico e eletrônico da tecnologia contemporânea.