Dialogar com outros textos literários ou mesmo textos pertencentes ao universo jovem — sejam eles da música, do cinema, da televisão — parece ter sido a forma encontrada de fazer ficção pelos autores de obras juvenis. Apropriando-se de textos alheios das mais diversas formas — seja por meio da paródia, imitação, citação, pastiche, dentre outros — os textos destinados aos leitores em formação, na contemporaneidade, apresentam-se repletos de ecos intertextuais, revelando-se como um mosaico de citações e alusões a outros textos, uma escrita sobre a escrita, a qual faz apelo à natureza associativa do pensamento humano, possibilitando a reconstrução de um todo a partir dos fragmentos armazenados na memória.