Após a consolidação da interseccionalidade como campo de investigação, é necessário que o conceito se torne uma teoria social crítica capaz de abordar problemas sociais contemporâneos e apontar as mudanças necessárias para solucioná-los. Em Bem mais que ideias, a socióloga Patricia Hill Collins apresenta um conjunto de ferramentas analíticas para impulsionar essa mudança.
Dividida em quatro partes, a obra busca fornecer ferramentas conceituais para a construção teórica da interseccionalidade, o que inclui um vocabulário básico para trazer uma gama de agentes sociais para a mesa da construção teórica e a noção do que são interseccionalidade e teoria social crítica. Em seguida, o livro diz como o poder epistêmico afeta os limites e a possibilidade da resistência intelectual. A ação social é então mostrada como aspecto importante da teorização da interseccionalidade. Por último, é abordada a relacionalidade como tema central dentro da interseccionalidade e seu compromisso com a justiça social. Algo que, na visão da autora, precisa ser construído.