No contexto das micro e pequenas empresas, o estabelecimento de redes de cooperação possibilita a geração de ganhos de escala e de poder de mercado, consequentemente melhor competitividade e maior lucratividade, contudo deve também se orientar ao meio ambiente, buscando uma compreensão da racionalização do processamento dos recursos naturais e resíduos gerados pela produção, com foco no conceito de Produção Mais Limpa. A cooperação entre empresas, na forma de redes, tem sido destacada como configuração organizacional alternativa, em resposta às recentes transformações econômicas e tecnológicas, colaborando para novos establishments. Esta obra apresenta uma análise sobre Redes de Cooperação Empresarial — RCE, abordando e comparando os conceitos de REC advindos do Rio Grande do Sul e de São Paulo, bem como uma proposta de orientação para uma Produção Mais Limpa. A metodologia pesquisa-ação de caso exploratório, visou a averiguação da realidade sistematicamente pela busca de fatos e princípios, com a coleta de dados selecionados visando alcançar o objetivo deste trabalho. A revisão de literatura permitiu desenvolver um roteiro para a realização de entrevistas junto a alguns participantes de RCE. Os resultados demonstram que o associativismo empresarial pode ter mais de uma abordagem, segundo as escolas do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Contudo, o conceito geral de RCE ainda pode propiciar diferenciações competitivas vantajosas para os seus membros, com vários ganhos: escala, economia criativa, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento e ainda orientar-se pela ecoprodutividade numa busca pela Produção Mais Limpa. Na conclusão é apresentado o confrontar de ambas as abordagens sob a ótica da sustentabilidade e da P+L, além de considerações finais com uma retrospectiva do estudo feito, as principais limitações do trabalho e sugestões para estudos futuros.