Zelar pela efetivação dos direitos humanos se faz uma necessidade dos tempos atuais, difíceis e de grande enfrentamento, mas mais do que isso, dela depende a continuidade de nossa própria existência, enquanto seres humanos. Indivisíveis, inalienáveis e de pretensão universal, compõem a matriz de direitos que garantem — ou deveriam garantir — vida digna a todos, e assim determina boa parte dos textos constitucionais dos Estados democráticos. Digo deveriam pois sua efetividade e implementação não são lineares, mas fruto de longos processos sociais, ainda em curso.
Trabalhar na área no Brasil, o 4º país que mais mata defensores de Direitos Humanos, é doloroso e desafiador, mas não é solitário. Mesmo com todas as adversidades, somos muitos. E, cada vez mais, nos expressamos e contamos nossas angústias, para que outros venham ao nosso lado caminhar.
Deixo-os agora com brilhantes reflexões, sobretudo quanto à Segunda Dimensão de Direitos Humanos, os Direitos Sociais, conquistados bravamente pelos primeiros operários fabris e seus sindicatos, cuja luta foi acompanhada por grandes teóricos sociais e do trabalho e não finda; é constante, pujante e deve sempre nos embalar a escrita, ainda que por vezes a desilusão da realidade nos fira.