Escrito por um psicanalista, este livro aponta para a ressignificação das relações com o mundo em que vivemos. O mundo, essa velha esfinge, teria como revelar seus segredos à experiência pessoal?
Frequentemente relegado a ser um «vale de lágrimas», ele poderá, contudo, readquirir o status de realidade mais profunda, caso o ser humano ultrapasse as dificuldades e os obstáculos interpostos pela própria mente, mediante o conhecimento da fragilidade, da sensorialidade e do distanciamento de contato com o ser interior.
Nesse caso, tende a acorrer uma aproximação à “realidade mais real”, que se mostra como experiência de imaterialidade. Trata-se de apreensão distinta da comum: as semelhanças com os sonhos, a forte presença de vida, a radiância da natureza, as imagens mentais espontâneas como sínteses, a memória espiritual da humanidade, as feições primordiais da realidade, a harmonia nos processos naturais, a dimensão cósmica, entre outros aspectos.
Este livro chama a atenção não para o desencantamento do mundo, e sim para o seu reencantamento. É um convite experiencial e uma reflexão a respeito da natureza do mundo, cuja abordagem é feita por mobilidade psíquica, incluindo-se nesta a abertura à experiência.