Por toda a vida, Cachorro Velho foi escravo no engenho de açúcar do patrão. Seu corpo está velho e cansado, sua mente se perde frequentemente em recordações. Às vezes ele até imagina a própria morte, ou pelo menos o que significa estar longe, muito longe. Então, a velha escrava Beira lhe propõe ajudar Aísa, uma menina de dez anos, a fugir. Escrito por uma descendente de escravos, Cachorro Velho é um retrato duro e comovente da desumanidade da escravidão. «O velho não temia o Inferno: tinha vivido nele desde sempre.» A escravidão foi abolida em Cuba em 1886, mas, como em tantos outros lugares, sua nódoa se manifesta no preconceito racial e na discriminação. Ganhador do Casa de las Américas, um dos prêmios mais importantes do mundo de fala hispânica.