A primeira metade da década de 1960, abrangendo dos anos de 1960 a 1963, assistiu à realização das últimas chanchadas, o fim da Atlântida — o estúdio que as simbolizou — e o desaparecimento do gênero. Também representou o encerramento da era dos estúdios, com o fim não apenas da Atlântida, mas, também, de todo um sistema de produção cinematográfica que, em São Paulo, contou com a existência mais ou menos efêmera de estúdios como a Vera Cruz e a Maristela. Foi, também, o período de reconhecimento do Cinema Novo como movimento cinematográfico, ainda que suas raízes estejam situadas na década de 1950. Neste período foram realizados alguns clássicos do movimento e alguns de seus principais representantes fizeram seus filmes de estreia. Em «A trajetória do cinema brasileiro: 1896–2023», volume 3: “1960–1963: da chanchada ao Cinema Novo”, Ricardo Luiz de Souza estuda a produção cinematográfica brasileira deste período, a partir da análise de suas vertentes básicas, bem como de dezenas de filmes lançados entre 1960 e 1963, elaborando um painel desta etapa histórica de nosso cinema.