O tradutor/intérprete de Língua de Sinais, de modo geral, é acometido por inúmeros questionamentos referentes a sua atuação. Questionamentos, como os que foram registrados aqui, por exemplo, são enunciados que lhe surgem diariamente durante a execução de seu trabalho: «Que sinal é esse?», «Qual é o sinal desta palavra?», «Como devo sinalizá-la?», «O intérprete não usou o sinal da palavra que o palestrante falou!», «Eu não usaria este sinal.», “Na minha cidade se usa outro sinal.”, «Nossa! O intérprete não foi fiel ao discurso!”. A partir de tais questionamentos que, comumente, existem em todos os espaços de interpretação em línguas de sinais, o objetivo principal deste trabalho foi buscar a compreensão do processo dialógico e exotópico que envolve um ato tradutório e interpretativo, bem como enxergar a tradução e a interpretação por um prisma além do técnico (restrito ao léxico, às regras e ao vocabulário); isto é, interessou-nos a relação eu/outro e o processo de produção de sentidos.