Em uma mesa do restaurante do hotel Novo Mundo, o metódico Duarte tem um déjà-vu e conto ao amigo narrador a forma bizarra como descobriu que seu engraxate preferido, Paschoalle, estava morto. Com referências a Poe, Baudelaire e Machado de Assis, o conto de Valentim Magalhães alia uma boa história de suspense a literatura de qualidade. O narrador encontra seu amigo Duarte em frente ao hotel Novo Mundo. Os dois homens decidem almoçar juntos no hotel, onde observam os outros clientes e desfrutam da atmosfera luxuosa. Duarte menciona ter encontrado por acaso a cabeça de seu engraxate, Paschoalle, um imigrante italiano pobre, a convite de um amigo, que trabalha na Escola de Medicina realizando autópsias, para ensinar os estudantes. Duarte também explica que é um homem metódico e acredita que a consciência é como um armário onde tudo pode ser arrumado adequadamente. Ele costumava engraxar suas botas diariamente com o mesmo engraxate, mas um dia encontrou apenas a cabeça do engraxate, o que o deixa horrorizado e pensativo com relação à vida.